Homem havia brigado com namorada por não aceitar término de relacionamento, segundo Polícia Civil. Caso passou de homicídio culposo para doloso; pena pode chegar a 20 anos
O homem de 24 anos que invadiu uma casa no Itapõa, região administrativa do Distrito Federal, e matou uma criança de 3 anos em outubro do ano passado havia tentado se matar, segundo a Polícia Civil. No banco do carona, ele transportava a namorada.
O caso, que havia sido registrado como homicídio culposo (quando não há intenção de matar), foi transformado em homicídio doloso, porque o motorista “claramente assumiu o risco” de matar.
Segundo o delegado responsável pela investigação do caso, Ulysses Fernandes, a alteração da pena pode significar mais de 20 anos de prisão. O homem vai responder ao processo em liberdade “por não apresentar risco e não ter outras passagens pela polícia.”
A Polícia Civil informou que chegou à conclusão de que o jovem tentou suicídio por meio do laudo pericial e de depoimentos de testemunhas que contaram sobre a briga do casal. “Em momento nenhum ele freiou ou tentou fazer a curva”, afirmou Fernandes.
Em depoimento, o motorista alegou não se lembrar do ocorrido com detalhes, apenas de que tinha invadido a casa, informou o delegado.
Investigação
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a criança assistia televisão com a família quando foi atingida de surpresa pelo carro. Pai e mãe foram levados ao Hospital Regional do Paranoá com escoriações, mas a criança morreu na hora com o impacto.
Na ocasião, o motorista foi submetido ao teste do bafômetro, que não apontou consumo de bebida alcoólica. Ele e a namorada foram levados à 6ª DP (Paranoá), onde foi aberto um inquérito.
A princípio, a Polícia Civil registrou o caso como homicídio culposo. No entanto, no decorrer das investigações, foi constatado que “minutos antes do acidente”, o motorista “discutia com a namorada”.
Segundo as apurações, ao se dar conta que a mulher tinha intenção de terminar o relacionamento, ele “resolveu se suicidar”, jogando o carro contra a casa. Por isso, a polícia mudou a tipificação do crime para homicídio doloso.
Fonte: G1
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