quinta-feira, 28 março 2024
UMUARAMA/PR

Representantes do Paraná e membros do G7 discutem por videoconferência futuro da indústria e do comércio no estado

Representantes do Paraná e membros do G7 discutem por videoconferência futuro da indústria e do comércio no estado

Entre as ações propostas de retomadas estão um plano de investimentos em infraestrutura rodoviária de R$ 4 bilhões; nos portos de Paranaguá e Antonina para a eficácia na capacidade; R$ 1 bilhão no litoral do Paraná; Copel e Sanepar

O vice-governador, Darci Piana, o secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva e o secretário da Fazenda, Renê Garcia Júnior, se uniram a representantes das entidades que compõem o G7, grupo que integra o setor produtivo, em uma audiência pública por videoconferência realizada pela Comissão de Indústria, Comércio, Emprego e Renda da Assembleia Legislativa do Paraná. O objetivo foi fortalecer o diálogo e buscar soluções para o futuro da indústria e do comércio no estado.

Abrindo os trabalhos, o vice-governador do Paraná e presidente da Fecomércio, Darci Piana, apresentou uma série de ações do Governo para a retomada, que serão anunciadas oficialmente nesta quarta-feira (23) pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD). Entre elas, um plano de investimentos em infraestrutura rodoviária de R$ 4 bilhões; nos portos de Paranaguá e Antonina para a eficácia na capacidade; R$ 1 bilhão no litoral do Paraná; Copel e Sanepar.

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Para isso, informou Piana, foi formado um grupo chamado de “conselhão”, com participação de 35 entidades, que auxiliaram o Governo em um período de três meses de trabalho.

Pela Fecoopar, falou o presidente, José Roberto Ricken. Ele concorda que a solução está na cooperação. E destacou que esse é o diferencial do Paraná.

O presidente da Faciap, Marco Tadeu Barbosa, que propôs a realização da audiência, disse que, conhecendo bem cada setor de cada região do Paraná, o momento é de adaptação, de reflexão.

Por falar em reflexão, o secretário da Fazenda, Renê Garcia Júnior, declarou que anda reflexivo nesses tempos. Para ele, a pandemia veio para testar a eficiência da globalização. O que mostra que o mundo pode mudar de forma expressiva e estrutural.O secretário aposta no agronegócio para colocar o Paraná nessa grande escala de produção, como fez a China.

O secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva, reforçou a importância do que chamou de maior das revoluções: a tecnológica. Guto Silva também acredita no poder da agricultura paranaense e vê a gestão pública como principal entrave.

Acesso ao crédito – Heraldo Alves Neves, presidente da Agência de Fomento do Paraná, e Wilson Bley, do BRDE, detalharam a oferta de linhas de crédito disponibilizadas e os próximos passos na retomada do crédito. Neves citou a oferta para os pequenos empresários, após precisar suspender contratos que estavam ativos.

Foi anunciado também a negociação para captar recursos em instituições nacionais e internacionais para ofertar crédito e gerar capital de giro a empresas.

Wilson Bley, que é diretor de operações do BRDE, enfatizou a importância da união com outros estados e o atendimento ao crédito emergencial com um olhar para a retomada. Ele explicou que há um crédito contratado de quase R$ 1 bi no Paraná.

Indústria, comércio e turismo perderam – De acordo com o IBGE, 45% das empresas foram impactadas negativamente. 28% parcialmente e a queda do PIB é de 5%. Os setores mais afetados pela pandemia foram o do entretenimento, de calçados e vestuário. A produção industrial teve queda de 9,1%. O que contribuiu para um cenário menos grave foram, segundo o Instituto, medidas como auxílios emergenciais em âmbito nacional e estadual, empréstimo e programas como selo ‘Made In Paraná’ e medidas aprovadas na Assembleia Legislativa, como a proibição do corte de luz, água e gás, por exemplo.

Camilo Turmina, presidente da Associação Comercial do Paraná, observou que o varejo já era difícil para o pequeno antes mesmo da pandemia e que o setor sobreviveu graças ao poder público, com suspensão de contratos e de pagamentos.

Para uma retomada consciente, acredita que somente a substituição tributária resolveria para a igualdade entre os estados no quesito competitividade. Turmina aposta ainda nas campanhas de valorização dos produtos de cada estado.

Pela Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), o gerente de Assuntos Estratégicos, João Arthur Mohr, que falou em nome do presidente Carlos Valter, destacou os setores que mais preocupam: vestuário e automobilístico. Ele lembrou que a indústria do Paraná é muito diversificada e que graças a isso, o estado não foi tão afetado. Mas deixou claro que a burocracia complica os processos.

O turismo contabiliza prejuízos históricos. No Paraná, Foz do Iguaçu atravessa uma das situações mais críticas. Faisal Ismail, presidente da Associação Comercial do município, diz que, com as fronteiras fechadas há 184 dias, faltam perspectivas para uma retomada.

Para o professor Marcus Vinicius Freitas, da China Foreign Affairs University, a crise, de alguma forma, deveria ser o momento certo para se plantar as oportunidades. Lembrou que a economia global se revelou mais fraca do que se esperava com o agravamento da pandemia e o resultado foi a recessão. Ele concorda que é quase impossível reduzir o contato sem reduzir a produção. Mas avalia que o Brasil tem regulamentação excessiva e precisa tornar melhor o ambiente de negócios.

Também participaram da audiência cerca de 80 pessoas da sociedade e ligadas à entidades, entre elas, o presidente da Fetranspar, Sergio Malucelli e o presidente da Faciap, Ágide Meneguette.

Reprodução Assembléia Legislativa do Estado do Paraná

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