O deputado estadual Ricardo Arruda (PL) pediu o impeachment do prefeito de Curitiba, Rafael Greca (União), após a demissão de servidores municipais que não se vacinaram contra a Covid-19. O documento foi feito com base na lei estadual que proíbe a exigência do passaporte da vacina no Paraná. Na Câmara Municipal de Curitiba, porém, a representação foi rejeitada por unanimidade.
Em discurso na Assembleia Legislativa, Arruda fez duras críticas a Greca.
“Rafael Greca é uma pessoa de grande cultura, só que a vaidade da cultura dele o tornou arrogante, prepotente e alguém que não respeita nada e nem ninguém. Ele teve a pachorra de demitir porque não se vacinou da Covid, descumprindo uma lei estadual, uma técnica em enfermagem e um médico”, disse.
A Prefeitura de Curitiba demitiu os dois servidores por descumpriram de decreto municipal que exige a vacinação na cidade. O médico e a enfermeira tiveram as demissões — por justa causa — publicadas no diário oficial. Segundo a administração municipal, ambos os servidores foram submetidos a um procedimento administrativo. A demissão da enfermeira foi divulgada no dia 2 de maio, enquanto a do médico, em 4 de maio.
Pedido rejeitado
Na manhã desta quarta-feira (11), a denúncia já foi rejeitada.
“Se o deputado entende que o decreto é inconstitucional, o caminho a se buscar é o Judiciário e não a Câmara de Curitiba”, argumentou o líder do prefeito no Legislativo de Curitiba, Pier Petruzziello (PP). Em sua avaliação, a denúncia seria uma “manifestação política”.
No encaminhamento pela liderança do PDT, Dalton Borba reforçou que entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST) respalda a demissão de funcionário que não se vacinar. De acordo com ele, seria “prematuro” acatar a denúncia contra o prefeito.